O comércio global registrou recordes em 2024, alcançando US$ 33 trilhões, mas as previsões para 2025 trazem preocupações crescentes sobre instabilidades econômicas e geopolíticas.
Comércio global em 2024: recordes e tendências
O comércio mundial atingiu um valor recorde de US$ 33 trilhões em 2024, com crescimento anual de 3,3%. Este aumento foi impulsionado principalmente pelo avanço de 7% no comércio de serviços.
O Barômetro de Comércio de Mercadorias da Organização Mundial do Comércio (OMC) apontou um índice de 102,7, sinalizando crescimento acima da média histórica. Setores como transporte de containers (105,8) e produtos automotivos (104,0) tiveram desempenhos destacados, enquanto componentes eletrônicos permaneceram abaixo da tendência, com índice de 95,4.
A desaceleração econômica da China impactou negativamente os preços das commodities, resultando em quedas de 1% a 3% nos segmentos de agronegócio, metais e minerais. Em contrapartida, produtos de tecnologia da informação e têxteis registraram crescimentos expressivos de 13% e 14%, respectivamente.
Previsões para 2025: incertezas econômicas e tensões comerciais
Para 2025, analistas apontam para um cenário de incertezas no comércio global. A OMC alerta sobre possíveis mudanças nas políticas comerciais, que podem afetar cadeias de abastecimento e aumentar os custos ao consumidor.
A tendência protecionista observada nos últimos anos preocupa organizações como a OCDE, que prevê riscos crescentes devido às tensões comerciais. Essa situação pode impactar negativamente o crescimento econômico e a estabilidade dos mercados.
Adicionalmente, conflitos geopolíticos e possíveis perturbações nos mercados de energia representam ameaças significativas para o comércio internacional. Caso essas tensões se intensifiquem, os preços da energia poderão aumentar, pressionando ainda mais a economia global.
Impactos e estratégias para os próximos anos
Apesar das incertezas, a resiliência do comércio global ainda é um ponto positivo. Para manter o crescimento, economias desenvolvidas e emergentes devem investir em soluções inovadoras e na modernização de suas cadeias de abastecimento.
O fortalecimento de acordos comerciais e a busca por alternativas sustentáveis para suprimentos podem minimizar os efeitos das tensões geopolíticas e do protecionismo. Além disso, a diversificação de mercados emergentes pode reduzir a dependência de grandes economias, como a China.
Com estratégias bem definidas, o comércio global poderá superar os desafios e manter sua trajetória de crescimento sustentável nos próximos anos.