Ilustração em estilo flat mostrando um navio de contêineres cruzando o oceano entre China e Estados Unidos, com bandeiras e gráficos de crescimento.

Reservas de cargas da China para os EUA disparam após pausa nas tarifas, aponta Vizion

Brasília – As reservas de cargas marítimas da China para os Estados Unidos registraram um aumento de quase 300% após a suspensão temporária das tarifas comerciais entre os dois países. Os dados são da empresa Vizion, especializada em rastreamento de contêineres.

Segundo Ben Tracy, vice-presidente de desenvolvimento estratégico da Vizion, a média de reservas nos sete dias encerrados na quarta-feira (14) saltou 277%, atingindo 21.530 unidades equivalentes a 20 pés (TEUs), em comparação com a média de 5.709 TEUs registrada nos sete dias anteriores, até 5 de maio.

O comércio havia desacelerado drasticamente após o anúncio feito pelo ex-presidente Donald Trump, em 2 de abril, de que os Estados Unidos aplicariam tarifas de 145% sobre produtos chineses. No entanto, as reservas voltaram a crescer após EUA e China anunciarem, na última segunda-feira, uma trégua de 90 dias na disputa comercial.

Com o acordo temporário, os EUA reduziram as tarifas impostas em abril de 145% para 30%. A China, por sua vez, baixou suas taxas de 125% para 10% sobre produtos importados dos EUA.

“Estamos definitivamente começando a ver as reservas retornarem agora que essa pausa temporária está em vigor”, afirmou Tracy.

A empresa de transporte marítimo alemã Hapag-Lloyd também confirmou a tendência. Em comunicado divulgado na quarta-feira, a companhia afirmou que suas reservas no tráfego China-EUA aumentaram 50% em relação à semana anterior.

Ao ser questionado sobre a trégua entre Washington e Pequim, o CEO da Hapag-Lloyd, Rolf Habben Jansen, declarou à Reuters:

“Espero que haja um volume adicional entre China e EUA. Isso já é visível nos últimos dias.”